sábado, 30 de novembro de 2013

As Briófitas

São plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem em lugares úmidos e sombrios.
Uma das características mais marcantes das briófitas é a ausência de vasos para a condução de nutrientes. Estes são transportados de célula a célula por todo o vegetal. É por isso que não existem briófitas muito grandes. O transporte de água de célula a célula é muito lento e as células mais distantes morreriam desidratadas.
O musgos e as hepáticas são os principais representantes das briófitas. O conjunto de musgos forma uma espécie de "tapete" esverdeado, observado comumente nos solos, muros e barrancos úmidos. Podem formar uma ampla cobertura sobre o solo, protegendo-o contra a erosão.
As briófitas não tem raízes. Fixam-se ao solo por meio de filamentos chamados rizóides, que absorvem a água e os sais minerais de que o vegetal necessita. Também não possuem verdadeiro caule. Tem uma haste denominada caulóide que não apresenta vasos para a condução da seiva. Suas "folhas" denominam-se filóides e são apenas partes achatadas do caulóide.
Reprodução:
A reprodução das briófitas apresenta duas fases: uma assexuada e outra sexuada.Os musgos verdes que podemos ver num muro úmido são plantas sexuadas que representam a fase chamada de gametófito, isto é, fase produtora de gametas.
O gametófito masculino produz gametas móveis, com flagelos, chamados de anterozóides. Já o feminino produz gametas imóveis, chamados de oosferas. Levados pelas gotas de chuva, os anterozóides alcançam a planta feminina e nadam em direção à oosfera. Da união de um anterozóide com uma oosfera, surge o zigoto, que, sobre a planta feminina cresce e forma um embrião, que se desenvolve originando a fase assexuada chamada de esporófito, isto é, fase produtora de esporos.
O esporófito possui uma haste e uma cápsula, no interior da qual formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode formar uma espécie de "broto" chamado de protonema. Cada protonema, por sua vez, desenvolve-se e origina um novo musgo verde (gametófito).
BRIÓFITAS               BRIÓFITAS
A relação das briófitas com a água:
            As briófitas enfrentam os mesmos problemas de sobrevivência que as plantas vasculares no ambiente terrestre. A água é essencial para o metabolismo, mas é um suprimento limitado errático no ambiente acima do solo. Briófitas e plantas vasculares exemplificam dois padrões alternativos de adaptação a essas condições. As briófitas têm de utilizar a água onde e quando ela está disponível acima do solo, enquanto as plantas vasculares possuem raízes e um sistema de condução eficiente.
            Muitas briófitas estão confinadas a ambientes úmidos, mas algumas são capazes de tolerar a deficiência hídrica e outras são extremamente tolerantes à dessecação e altamente adaptadas a uma existência poiquilo-hídrica, ocorrendo, desse modo, em ambientes hídricos, mésicos e xéricos.
            As briófitas são bastante diversificadas em suas adaptações para a absorção e condução de água. Nas espécies ditas endo-hídricas, a água é absorvida do substrato e conduzida internamente até os filídios ou outra superfície evaporante, através de um sistema condutor, o qual é bem mais simples que o xilema das plantas vasculares. Ocorrem, em geral, em substratos úmidos, permeáveis e estão bem representadas na base de troncos de árvores, em brejos e em solos bem drenados. Nas briófitas ecto-hídricas, a água é facilmente absorvida (e perdida) e conduzida sobre a sua superfície, sendo o movimento desta muito mais difuso. Ocorrem principalmente em substratos impermeáveis e com pouca disponibilidade de água, tais como troncos de árvores, rochas e em solos pedregosos e compactados. São capazes de armazenar grandes quantidades de água após a chuva ou orvalho. Existem muitas briófitas que combinam mecanismos de condução endo e ecto-hídricos, sendo chamadas, então, de "mixo-hídricas".

Nenhum comentário:

Postar um comentário